OtakusBrasil no Sub-Mundo!

Capitulo 1
O Coelho de Colete

Era fim de tarde. Todos na escola já se dirigiam para suas casas, ou para seus trabalhos de meio-periodo. Soul, Yoona e Mizumi se encontraram com seu irmão mais velho na porta da escola. Kya já estava esperando ali fazia um tempo e para se distrair, jogava sudoku no celular.
Soul chegou perto de Kya e o olhou de rabo de olho. Não gostava daquele cara. Ele não era seu irmão legitimo. Mas a única coisa que lhe restava era ficar com ele, pois, antes de seus pais irem para a guerra, seu pai um excelente fuzileiro e sua mãe uma grande medica, eles adotaram Kya, que, segundo ele, havia perdido a mãe no parto.
Quando Kya os conheceu pela primeira vez, Soul tinha 11 anos e ainda era feliz, pois quando soube que seus pais foram mortos friamente na guerra, ele se revoltou e desde pequeno começou a odiar os seres humanos. Mas amava apenas de Yoona e Mizumi. Afinal, eram suas irmãs mais novas e não podia odiá-las. Não era culpa delas que seus pais haviam morrido.
Mas Soul pensava que tudo tinha sido culpa de Kya. Logo depois que ele chegou, dois anos depois, papai e mamãe foram recrutados para a guerra e eles passaram a viver sozinhos com Kya. Ele tinha um trabalho em um restaurante tradicional, como garçom.
Já Yoona se dava muito bem com Kya. Com sua personalidade ativa e extrovertida, ela se aproximou rapidamente de Kya, causando certo ciúme em Soul. Desde pequenos, Yoona e Soul eram inseparáveis. Jogavam bolas juntos, brincavam no parquinho juntos, liam juntos e comiam juntos. Com a morte de seus pais, mesmo revoltados e tristes, às vezes pegavam o álbum de fotos da família e choravam, lembrando de como sua mãe os forçavam a comer a salada ou como seu pai os pegava e colocava-os no ombro, brincando de cavalinho com eles, mesmo cansado depois de chegar do trabalho.
Mizumi era diferente. Ela era a irmã gêmea de Yoona, tinha os mesmo cabelos cor de rosa e os olhos curiosos e espertos. Porem, sua personalidade era o contrario de sua irmã. Enquanto Yoona era extrovertida, energética, boba e feliz, Mizumi era sombria, calma e nunca deixava claras suas emoções. Ela tinha um forte impulso de se afastar das pessoas e só se sentia bem e à vontade quando estava sozinha com sua irmã. Ela tem uma relação normal com Kya. Não o odeia nem o culpa pela morte de seus pais. Mas quando soube da noticia, ficou assustada e nervosa, chorou por dias até que decidiu nunca mais demonstrar suas emoções.

Os amigos de Yoona, Dean, Hoshi, Mitsugaia e Elliot, observavam o pôr-do-sol no telhado da escola. Dean estava com o corpo todo esticado no chão, com a cabeça apoiada na mochila. Ele soltou um longo bocejo e começou a falar:
- E ai gente, já que a Yoona nem o Soul estão aqui, que tal irmos para aquele restaurante tradicional onde o irmão deles trabalha?
- Você tem dinheiro? – Perguntou Mitsugaia, rude. – Porque eu não tenho se formos você vai pagar pra mim.
- Nhá, Loli-chan, você é muito malvada às vezes sabia? – Resmungou Dean, coçando o olho.
- Pelo visto não vamos. – Disse Elliot. – Se ficarmos aqui mais um pouco sem conversar o Dean cai no sono.
- É verdade. – Concordou Hoshi. Ela estava sentada do lado de Mitsugaia e procurou seu colo, para descansar um pouco. – Nee, Loli-chan... O que vamos fazer quando chegarmos em casa hoje?
Mitsugaia abraçou Hoshi e disse:
- Eu tenho um pouco de dever de casa para fazer. Vou aproveitar que o velho tem uma biblioteca e vou procurar meu trabalho de história de uma vez.
- Aquele trabalho pro mês que vem? – Perguntou Dean. – Você pode gostar de rock, mas no fundo é só uma nerd.
Mitsugaia se levanta furiosa.
- O que você disse Dean? – Ela o pegou pelos pés e o arrastou.
- AAAA! Nada, nada! Eu estava só brincando. Era brincadeira! – Gritou ele, desesperado.
Mas antes que Mitsugaia pudesse fazer qualquer coisa com Dean, um estudante do 3º ano chegou correndo no telhado. Todos olharam para ele curiosos e espantados. O garoto ofegava e parecia desesperado.
- Oi. Vocês por acaso viram Sugawara Miki, minha irmã mais nova? – Perguntou ele, respirando com dificuldade. – Não a encontro em nenhum lugar.
Elliot se levantou e olhou pelo muro baixo do telhado. Ele se virou e perguntou:
- Já procurou ela no ginásio?
O garoto acenou com a cabeça afirmativamente e respondeu:
- Não está lá, e eu já olhei até nos vestiários.
Mitsugaia olhou para ele e começou a rir.
- Você entrou no vestiário feminino?!
O garoto olhou para ela com um olhar de reprovação.
- Eu não tenho tempo para isso. – Gritou ele. – Eu só quero encontrar minha irmã.
Hoshi se levantou do chão e limpou a calça. Ela foi até o garoto e disse:
- Ela é da minha sala. Eu a ouvi dizer que iria sair mais cedo hoje, mas imaginei que era diria a você.
O garoto olhou agradecido para ela e disse:
- Obrigada, Satsuei. Você me ajudou muito.
O garoto saiu correndo e desapareceu pela escada que dava para o telhado. Hoshi se sentou novamente e disse:
- Esse cara é todo preocupado.
Mitsugaia se sentou do lado dela e começou a traçar seus cabelos. As duas tinham uma relação muito forte. Eram amantes, e mesmo assim não ligavam para a relação irmã-irmã. Elas se amavam. E não tinha outra resposta para a união daquelas duas.
Já Dean e Elliot, eram como vilões um para o outro. Apesar de serem melhores amigos, estão sempre brigando pelas coisas mais bobas do mundo. Uma vez, Dean pegou uma almôndega do prato de Elliot e os dois finalizaram a briga com uma cadeira voando. E mesmo assim, Dean comeu a almôndega. Mas o principal motivo de brigarem é porque ambos gostavam de Yoona, mas nunca admitiam, apesar de estar na cara. Yoona nunca dava bola demais nem para um nem para o outro.
Soul era o melhor amigo dos dois, e quase sempre são vistos juntos. Mas aquela tarde tinha sido diferente. Kya havia deixado um recado na escola para que todos os três irmãos voltassem juntos para casa com ele. Definitivamente, isso não acontecia com freqüência. Alem do mais, hoje foi aquele dia. Todos os quatro amigos sabiam disso.
Hoje era o dia em que seus pais haviam morrido.

Com o pôr-do-sol já dando lugar ao céu noturno, Selene e Akira voltavam juntos para casa. Selene era a melhor amiga de Akira, depois de sua irmã mais nova, Miki, que freqüentemente desaparecia e aparecia misteriosamente no quarto.
Akira gostava de Selene, mas preferia guardar esse segredo para si mesmo. Selene era uma boa garota, era inteligente, era poliglota e tocava violão. Ela sempre estava sorrindo, mas Akira sabia que mesmo parecendo estar alegre, ela guardava sentimentos obscuros e tristes. Ela havia perdido os pais em um acidente de carro quando ela tinha 10 anos e a partir daquela época, sempre se esforçou para ser bem-sucedida e não demonstrar que odiava o fato de que seus pais tinham morrido.
Eles voltavam conversando sobre uma prova que haviam feito no dia, mas, como já esperavam, mudaram de assunto rapidamente.
- O que você vai fazer hoje à noite? – Perguntou Akira.
- Eu tenho aula de dança daqui a pouco, mas vou estar livre à noite. – Respondeu ela.
- Ah, é que eu queria saber se... – Ele fez uma pausa. – Se você não gostaria de ir comigo àquele restaurante tradicional onde eu trabalho... Vou estar de folga hoje.
Selene sorriu para ele e disse:
- As sete, então. Nos encontraremos lá.
- Tudo bem. – Por dentro, Akira estava assim: “Viva, consegui, finalmente ela aceitou meu pedido de encontro! Bem... Não é um encontro, mas... Um encontro de amigos...”. Akira acompanhou Selene até em casa e depois foi para a sua, descobrindo, como sempre, que Miki estava em seu quarto, atolada em livros.

O clima estava tenso. Kya e os irmãos mais novos andavam silenciosamente em direção ao apartamento deles e nem mesmo Yoona se atrevia a dizer alguma coisa. Ela andava de braço dado com Mizumi e Soul ia um pouco à frente delas, atrás de Kya.
Era sempre assim. Desde que os pais morreram, nessa mesma data, ninguém se atrevia a tocar em qualquer assunto que estivesse relacionado com “família” ou “guerra”. Yoona e Mizumi ficavam trancadas no quarto assistindo algum filme ou então conversando sobre alguma coisa. Soul ficava sozinho em seu quarto estudando ou escutando musica, acompanhado apenas de seu gato persa J. Kya ia trabalhar na maioria das vezes, mas sempre que chegava, preparava o jantar e sempre conversavam sobre os pais. Lembravam-se das vezes que saíram juntos, das brincadeiras que faziam com a lanterna quando a luz acabava, ou quando a panela de brigadeiro da mamãe explodiu no fogão e eles todos limparam com os dedos e línguas. Yoona pegou um pouco de chocolate e fez uma bolinha no nariz da mãe e do irmão adotivo e disse que eles eram gatos de chocolate.
Quando o jantar acabava, todos iam dormir pensando nos pais e, por mais que não quisessem, Yoona e Mizumi sempre choravam e Kya e Soul confortavam-nas. Mas então, Kya quebrou o silencio e começou a falar.
- Podemos passar em casa e deixar suas mochilas lá?
- Por que, vamos a algum lugar? – Perguntou Soul, emburrado.
- Estou pensando em levar vocês para jantar fora. Naquele restaurante tradicional onde eu trabalho. – Respondeu ele, ignorando Soul. – Estou de folga hoje.
Yoona e Mizumi não disseram nada. Soul ficou calado. E então, Kya tomou a decisão.
- Então, vamos para lá hoje.
E depois dessa frase, ninguém se atreveu a dizer mais nada no caminho. Quando chegaram em casa, Yoona e Mizumi foram tomar banho. Soul usou o banheiro da sua suíte e Kya esperou as irmãs saírem primeiro. Quando já estavam todos prontos, eles saíram e foram para o restaurante.

Shunsui era o dono do restaurante tradicional onde Akira e Kya trabalhavam. Mas não pense que só porque ele é dono de um restaurante freqüentado 24 horas por dia que ele não era um baita de um preguiçoso.
Antigamente, antes de conhecer seu mestre Hotsuki, um grande espadachim, Shunsui levantava da cama com apenas duas palavras em mente: mulheres e bebidas. Desde pequeno sempre foi preguiçoso e folgado, mas quando conheceu seu mestre, passou a enfrentar a preguiça e começou a treinar com ele para se tornar um grande espadachim. Seu interesse sobre espadas foi só crescendo e, mesmo tendo apenas 23 anos, ele era uma pessoa que era respeitada por todos que conhecia. Seu grande conhecimento em kendo e nitoryuu faz dele uma pessoa importante na sociedade. Já foi professor de gatoinhos ricos e mimados e por pouco não os matou.
Mas como se já não bastasse ter que cuidar de um restaurante enorme, 32 garçons e 15 cozinheiros, o que era uma chatice para ele, tinha que aturar quatro malditos colegiais, que vinham pertubá-lo todos os dias.
Sim, eram eles mesmos. Hoshi, Mitsugaia, Elliot e, principalmente, o chato do Dean tinham conseguido juntar algum dinheiro e ir jantar no restaurante de Shunsui. Nesse dia, eles estavam sentados em uma mesa perto de onde Shunsui ficava sentado e era atendido por empregadas que lhes traziam de tudo um pouco do que era preparado no dia.
- Essas crianças de hoje em dia... – Resmungava ele, toda vez que via Mitsugaia maltratando Dean.
Mas ate que com Elliot, Shunsui se dava bem. Afinal, os dois até se identificavam um pouco. Elliot era um menor alcoolizado, vivia a base de doces e ficava sempre quieto, fazendo-o parecer inteligente.
Todas as noites, Shunsui contratava alguém para fazer algum showzinho no palco do restaurante. Às vezes eram teatros de fantoches, apresentações de gueixas, algum concerto de musica japonesa clássica, etc. Naquela noite, Shunsui havia contratado um garoto que tocava shamisen.

Kya, Soul, Yoona e Mizumi chegaram bem na hora que o show estava para começar. Eles arrumaram uma mesa bem próxima de onde os amigos de Yoona estavam sentados, e então, todos se sentaram na mesma mesa. Kya se contrariou um pouco de inicio, achando que aquilo deveria ser um momento em família, mas depois, concordou que não havia nenhum problema se seus irmãos ficassem com os amigos ao invés de ficar com ele e se lembrar de mamãe e papai.
- Yoona! – Diz Mitsugaia, abraçando ela. Hoshi faz a mesma coisa.
- Oi meninaaaas! – Diz Yoona, meio que de bom humor. – Puxa, vocês ainda estão com o uniforme da escola?
- Sim, nós não tivemos tempo de ir em casa nos trocar. – Respondeu Hoshi.
- Puxa que coisa! – Disse Yoona.
Enquanto as meninas conversavam, Mizumi resolveu se sentar com Kya, que olhava o cardápio, com uma cara tediosa. Ela se sentou do lado dele e ajudou a escolher os pratos.
- O que você quer comer, Mi? – Perguntou Kya.
- Posso me contentar com uma porção de gyoza. – Respondeu ela.
- Yoona, Soul, o que vocês vão querer? – Perguntou Kya para os irmãos mais novos.
- Eu quero uma porção de pastéis. – Respondeu Yoona, brincando com o cabelo de Mitsugaia.
- Pra mim uma sopa de miso está ótimo. – Respondeu Soul, irritado, sentando-se perto de Dean e Elliot.
Os dois amigos de Soul estavam conversando com, ou melhor, disputando Yoona perguntando qual deles era o mais inteligente. Ela disse que ambos eram inteligentes, apenas o nível era diferente. E então, eles perguntaram quem tinha um nível mais alto. E então, Yoona respondeu que Soul tinha um nível mais alto. E foi nessa parte que eles pararam de disputar.
- Vocês não desistem da minha irmã, não é? – Resmungou Soul.
- Ela é muito fofa, Soul. – Comentou Elliot. – Já é de se esperar que todos gostem dela.
- Mas vocês não gostam dela, estão afim dela. – Disse Soul, irritado.
- Mas Soul, você mesmo tem que compreender... – Começou Dean.
- Compreender o que? – Perguntou ele.
- Olhe bem pra sua irmã. Ela é uma gatinha!
Nessa hora, Soul se irritou tanto que se levantou bruscamente da mesa e anunciou:
- Vou ao banheiro antes que eu meta um murro na cara do Dean.
Todos na mesa, inclusive Kya e Mizumi, pararam de fazer o que estavam fazendo e acompanharam, com olhos assustados, Soul se afastar e desaparecer por uma porta. Quando tudo se acalmou, Mitsugaia e Hoshi olharam ameaçadoramente para Dean e perguntaram:
- O que você fez dessa vez?
Dean ficou calado e assustado. Por pouco, não voltava para casa com um olho roxo. Elliot também ficou calado. Afinal, chamar uma garota de fofa não tinha nada de mais. E então, todos ficaram conversando e esperando seus pedidos chegarem.

“Selene está atrasada.” Pensou Akira. Ele esteve sentado na mesa que havia reservado para os dois degustando um excelente e impecável copo d’água. E já estava começando a achar que ela não viria.
Afinal, que tipo de atrativos ele tinha? Um adolescente de 18 anos que trabalhava como garçom e tinha que ficar 24 horas por dia vigiando a irmã mais nova. O que tinha de bom nisso? “Nada.” Pensou ele.
A apresentação de shamisen estava para começar. O banjoísta começava a se aprontar e a afinar as cordas e Akira nem sentiu que uma pessoa se sentava ao lado dele. Selene cutucou Akira e ele levou um susto.
- Nossa Selene! – Disse ele, rindo. – Você me assustou.
- Me desculpe Sr Distraído. – Disse ela, rindo junto com ele.
Depois de explicar seu atraso, Selene e Akira pediram seus pratos e começaram a escutar a música que vinha do shamisen. Uma música antiga, clássica, que dava uma sensação de estar novamente no período feudal do Japão. E parecia ter uma mágica incrível.

De repente, tudo na cabeça de quem ouvia a música começava a rodar e rodar. Yoona, Mitsugaia, Hoshi, Elliot, Dean, Kya e Mizumi estavam totalmente absortos e distraídos, atraídos pelo som do shamisen.
Sabe quando aqueles indianos tocavam flautas e faziam najas sair de cestos, como se estivessem hipnotizadas? A música parecia fazer a mesma coisa com os adolescentes.
Até mesmo Shunsui estava preso na música. Ele ignorava os pratos que suas criadas o entregavam e nada do que elas lhe diziam chegava aos seus ouvidos. A música era tão espetacular, tão épica e ao mesmo tempo tão tradicional, que tirava a atenção de tudo e de todos.

E então, aconteceu uma coisa que ninguém mais esperava. Quando o banjoísta terminou de tocar, ele simplesmente explodiu em confetes, deixando apenas suas roupas.
As pessoas começaram a aplaudir a apresentação, davam assovios altos e gritavam. Era uma festa. Mas nossos personagens principais estavam totalmente perplexos. Afinal, eles eram os únicos que viam um coelho de colete sair de debaixo das vestes do banjoísta?
Nem mesmo Yoona que adorava coelhos achou aquilo interessante. O coelho tirou um relógio de dentro do colete e saiu correndo. Não demorou muito e todos se entreolharam e saíram correndo atrás do mamífero super reprodutor.

“Tudo bem... Agora estou mais calmo.” Pensou Soul. Ele estava de frente para o espelho na parede do banheiro e abriu a torneira para molhar o rosto. Desde quando eles se sentiam livres para falar daquele jeito da irmã dele? Tudo bem que eles eram seus amigos, mas deviam por limites na língua.
Revoltado, Soul começou a andar de um lado para o outro no banheiro e ficava pensando se devia voltar ou não. Foi quando ele ouviu os gritos. Eram gritos de viva e aplausos eminentes, mas isso desperta curiosidade em todo mundo.
Soul saiu do banheiro e se deparou com um monte de pessoas em pé, aplaudindo e dando vivas ao homem que estava no palco com um shamisen. Ele vestia um kimono bonito, com cores vermelhas, que combinavam bem com o painel ao fundo do palco. Tinha olhos grandes e um nariz meio rosado. Parecia um coelho. O homem-coelho fez uma reverencia e saiu pelo lado direto do palco.
Soul se virou para onde suas irmãs e seus amigos estavam. Viu de cara que havia algo errado. Todos olhavam para o banjoísta com cara de bobos. Pareciam ter levado uma anestesia. Estavam paralisados. E de repente, do nada, todos se levantam subitamente e começaram a correr desesperados por onde o homem tinha desaparecido.
Claro que sim, idiota, Soul foi atrás também. Ele se esquivava das pessoas e até passou por cima de uma mesa, mas por mais incrível que pareça ninguém parecia notar seu ato de vandalismo, nem mesmo que seus amigos e familiares corriam feito loucos atrás do cara.
Soul andava em ziguezague pelas mesas das pessoas e viu que o dono do restaurante e mais duas pessoas perseguiam sua família. Os dois pareciam alunos do ensino médio, do 3º ano. Mas sem se importar muito com isso, Soul correu o mais rápido que podia e ultrapassou a todos, alcançando sua irmã.
- Mizumi! Mizumi! – Gritava ele, puxando a manga de sua camiseta. – Mizumi, o que está acontecendo?
Mas sua irmã não respondia. Ele podia ver o banjoísta lá na frente, na rua, correndo como se o diabo estivesse atrás dele. Dean era mais rápido, e corria na frente, seguido de Elliot, depois Hoshi, depois Mitsugaia, Kya, Yoona, Mizumi e ele. E logo atrás, o dono do restaurante e os dois colegiais.
O banjoísta finalmente parou de falar, e entrou no jardim de uma antiga casa abandonada. Todos pararam no passeio, com medo de pisar no jardim. Ninguém falava nada. Apenas olhava para o jardim e depois para a casa. Soul ficou maluco.
- Alguém pode me explicar o que está acontecendo?! – Gritou ele. Yoona se virou para ele e sussurrou:
- Shh... Você vai espantar o coelho.
- Coelho? Que coelho? – Perguntou ele, já achando que estava delirando.
- O coelho de colete... – Respondeu Kya. E de repente, todos começaram a repetir essas palavras, como se fosses zumbis.
Soul começou a achar que eles comeram alguma coisa daquele restaurante. Pegou Yoona pelos ombros e começou a sacudi-la.
- Yoona! Por favor, acorde! – Gritava ele, no meio das falas dos amigos.
- Coelho...
- Colete...
- Casa...
- Entrar...
- Quarto...
Todos diziam coisas sem sentido. Aquela casa estava abandonada há anos e ninguém entrava lá, a não ser ratos, cães moribundos e agora, coelhos. E então, todos avançaram, sem se importar com Soul, e andaram pelo jardim tropeçando na grama, que não era aparada há séculos. Soul teve de segui-los.
Um por um, eles abriram a porta e entraram na casa abandonada. Quando Soul entrou, teve uma súbita vontade de espirrar. A casa não era limpa desde que foi abandonada. Seus moveis já perderam a cor por causa da poeira. Havia um prato posto na mesa de jantar que parecia mais cinzas do que o que um dia foi um frango. Tudo estava horrivelmente sujo e asqueroso.
Todos seguiram pelo mesmo lugar, como se já soubessem onde deveriam ir. E então, Dean abriu uma porta e revelou um quarto totalmente vazio. E era o único quarto que estava em melhores condições na casa. Quando todos já estavam dentro do quarto, inclusive Soul, Dean fechou a porta do quarto.
A batida da porta pareceu despertar a todos. Antes, tinham expressões indiferentes e faziam tudo sem a consciência de que estavam mesmo fazendo. E agora, tinham expressões confusas e cansadas. Quando viram onde estavam, todos perguntaram.
- O que estamos fazendo aqui?
- Que lugar é este?
- Não estávamos no restaurante?
E quando todos perceberam que Soul era o único que não fazia perguntas, apesar de estar cheio delas, Yoona perguntou:
- Soul... O que aconteceu? – Aquele tom de voz... Parecia que ela ia chorar.
- Eu não sei exatamente... – Respondeu ele. – Mas... Primeiro vamos sair daqui.
Soul se dirigiu à porta e girou a maçaneta. Mas para sua surpresa, a porta não se abriu. Soul forçou a porta, mais e mais, e a cada tentativa, a porta parecia se prender ainda mais. E com desespero, anunciou:
- Estamos presos.

~

Ta gomen pelo atraso... Divirtam-se lendo a fic \o/

QUE PERFEITAAA *O*
Meu Deus, adorei sua fic, Anne!
Pra variar, né? -q

O Soul não gosta do Kya T^T

Estou muito ansioso pelo próximo capítulo!
Vou aguardar

Não aguarde em pé nem acordado -qq

Eu disse que ia posta a fic no sabado e que dia é hj ? *olha no calendario*
Hj já é quinta feira D:

Mas...

Vamos ver née *-*

E obrigada por gostar x33~

Nya *-* Amei a fic Anne *-* Cm sempre esta mt chiq =D vc podia escrever mangas futuramente q eu ia ser sua fã *-*

Concordo, eu ia comprar e ler todos os mangás da Anne ♥

Awwnt Gente *o*

Assim vcs me deixam sem-graça

ANNEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!!!

TA MUITO MASSSSSSSSSSSAA!

Gostei Anne, Ficou muito maneiro, eu te daria até um premio se eu tivesse um!

Mas sério, vc á alguem que eu posso gostar, adoro pessoas criativas!^^

Awnt gente brigada mesmo *o*

Ignorem os errinhos de ortografia -qq

Fico otimo

Vc n aceito meu perssonagem te mandei uma MP bem to com os dedos cruzados

Estou sem palavras *o*

Meu , você é ótima Anne-chan <3 e eu tbm vou comprar seus mangás pq sei que tu irá ficar famosa <3

Brigadinha amores *o*

Leo te respondi láa <3

Aaah! Adorei!! *0*

Haha, e agora, como o povo vai sair de lá????

Vê se não demora muito pra postar o próximo Anne!

Adoreii xD

quando sai o proximo? *-*

Ok a fic ta muito boa

aaaaah....atrasado, atrasado..atrasado....

Anne-chan, sou seu fã desde Sugoi School, smepre quis um personagem meu na suas historias, agora tem o Dean \o/

Mas fico realmente otima, parabens

Pq eu acho que meu personagem vai bater no dean? ._.

Não vai não D:
Coitado do Dean...Ele é tão chato que eu gostei dele, só podia ter sido criado por mim mesmo -qq

Otto-sama, não espere por isso muahahahaha ~

*-* amei :3

quero mais + + + + +.+

Capitulo 2
O Quarto sem Janelas

- Como assim, presos? – Perguntou Akira.
- Presos! – Respondeu Soul, rispidamente. – Presos. Nós não podemos sair do quarto, a porta está trancada.
Elliot se aproximou da porta e tentou forçá-la.
- Não adianta! Eu já tentei. – Disse Soul.
- Não custava nada tentar novamente. Talvez não tivesse puxado com a força certa.
- Está querendo dizer que eu sou fraco? – Soul se enfureceu.
- Ei, calma vocês dois! – Kya tentou separar os dois.
- Não me toque! – Gritou Soul, tentando se soltar dos braços de Kya, que o agarrava.
- O que vamos fazer agora? – Perguntou Selene.
- Eu não sei... – Respondeu Akira.
Todos estavam exaustos e confusos. Yoona e Mizumi sentaram-se no chão e encostaram as costas na parede.
- Como chegamos aqui, Yoona? – Perguntou Mizumi, agarrando o braço da irmã mais velha.
- Eu não sei, Mizumi. – Respondeu Yoona, retribuindo com um abraço forte.
Mitsugaia e Hoshi estavam no meio da sala, observando todos. Foi quando perceberam que havia ali uma pessoa que não conheciam. Era um cara alto, forte, vestia um kimono cor de creme com listras azuis e carregava uma espada. As garotas o acharam estranho, até que ele resolveu se mexer.
- Bem, se a porta está trancada, vamos fazer outra. – Disse ele, tirando a espada da bainha com elegância. – Saiam da frente. – Disse ele para Selene e Akira.
Shunsui se posicionou na frente da parede e respirou fundo. Um segundo depois, desferiu um golpe na parede com a espada capaz de cortar três homens ao meio. Porem, a parede nem sequer arranhou. O que aconteceu, na verdade, foi que a espada de Shunsui se partiu em estilhaços, que se espalharam pelo chão.
- Viu, eu disse que era de enfeite... – Sussurrou Mitsugaia para sua irmã.
- Ela... Não era de enfeite, garota... – Shunsui enfurecia por dentro. – Era uma espada real, pesada, forjada há mil anos pelo ferreiro do imperador.
- Então, ela se quebrou porque é muito velha. – Disse Hoshi.
- Garota, você tem alguma noção de quem eu sou? – Perguntou Shunsui, se abaixando e catando os estilhaços da espada no chão, com cuidado.
- Você é só um coroa que usa kimono e usa uma espada que não corta nem um pedaço de carne. – Respondeu Hoshi.
- Ora, você...! – Shunsui estava tão enfurecido com a rebeldia da garota que ia partir pra cima dela, mas Mitsugaia se pôs na frente da irmã e abriu os braços. Shunsui parou e ficou encarando-a enfurecido. Um minuto depois, ele desistiu de tentar alguma coisa e se virou, contrariado, para terminar de recolher os estilhaços de sua espada.
Mitsugaia se virou para a irmã e a abraçou. Mas depois, deu um peteleco em sua testa e a repreendeu.
- Nunca mais fale mal das pessoas desse jeito!
- Desculpe...
As duas deram as mãos e foram se sentar com Yoona e Mizumi. Do outro lado do quarto, Elliot e Soul ainda discutiam.
- Por que você nos trancou aqui?! – Gritou Elliot.
- Você acha que eu tranquei a porta?! – Gritou Soul. – Com minhas irmãs aqui dentro?!
- Como vamos saber que não foi você? – Perguntou ele. – Ninguém! Absolutamente mais ninguém, além de você, se lembra de ter entrado nesse quarto.
- Como raios vocês não se lembram?! Estavam em transe e diziam que tinham de perseguir um coelho de colete e entraram nesse barraco abandonado.
- Coelho de colete? Você acha que estamos brincando de Alice no País das Maravilhas, Silver?!
- Não me chame pelo meu primeiro nome! – Gritou Soul.
- Por quê?! Ah, é mesmo. Você odeia esse nome. – Provocou Elliot. – É tanta ironia ter o nome de uma coisa tão bonita e pura. Coisas que faltam em você!
- Não me provoque Elliot! Você sabe que a qualquer momento eu posso quebrar seu nariz, ou pior!
- Ah, então você quer brigar, é?! – Puxou Elliot.
Soul não esperou e já partiu para cima de Elliot dando um soco em seu rosto no lado esquerdo. Elliot caiu no chão e assim que Soul avançou novamente, Elliot deu uma rasteira e Soul caiu no chão. Imediatamente, os dois começaram a brigar e rolar no chão, trocando socos.
Kya ia tentar parar a briga, mas Dean o parou e disse:
- Deixe os dois. Uma hora eles se cansam e voltam a ser amigos.
- Como sabe?
- Eles sempre brigam, mas são melhores amigos. – Respondeu Dean.
- Bem, então... O que nos resta fazer é esperar que alguém venha nos buscar.
Dizendo isso, Kya se sentou do lado de Mizumi e começou a mexer no celular. Mitsugaia, vendo isso, deu um pulo.
- Mas é claro! Podemos ligar para a polícia!
Em um segundo, todos estavam com os celulares nas mãos discando os números da polícia. Mas em vão.
- O meu está fora de área! – Disse Akira.
- O meu também... – Disse Selene.
- O meu descarregou. – Respondeu Kya.
- O meu está dentro da minha mochila. O de Hoshi também. – Disse Mitsugaia.
- O meu também está fora de área. – Disse Dean, forçando a vista para olhar o celular.
- Eu não tenho celular. – Disse Shunsui, breve.
- Ah, meu Deus. O quarto está ficando muito escuro. E vai fazer frio essa noite. – Disse Mitsugaia.
- Nossas coisas ficaram no restaurante, não temos como sair daqui. – Disse Selene.
- Esperem, vamos nos acalmar. – Disse Kya, para todos. – Vamos esperar ate amanhã de manhã, é possível que alguém passe na frente da casa e nos escute.
- E o que você acha que vão pensar? – Perguntou Shunsui. – Amigo essa casa está abandonada faz milênios. Se alguém escutar gritos vindos daqui vão pensar que a casa é amaldiçoada, cheia de fantasmas.
- Mas nós precisamos fazer alguma coisa. – Insistiu Kya. – Se nós ficarmos aqui sem fazer nada podemos ficar presos para sempre. – Ele se levantou do chão. – Você mesmo viu que não podemos sair daqui por conta própria. A porta esta trancada. A parede quebrou sua espada de tão solida que é. – Ele se irritou. – Se você tem alguma idéia a não ser ficar resmungando e irritar-se por estar preso aqui, por favor, nos diga.
Todos ficaram calados. Soul e Elliot já haviam parado de brigar e agora estavam caídos no chão, emburrados, um olhando para o outro como se jamais fossem amigos novamente. Mizumi e Yoona tremiam de frio ao lado de Hoshi e Mitsugaia, que se abraçavam e diziam uma para a outra que estavam com fome e com medo.
Akira tentava fazer de tudo para que Selene não sentisse frio. Tirou sua jaqueta, entregou a ela e sentou-se ao seu lado, abraçando-a, tentando transferir seu calor para ela.
- Está tudo bem. – Dizia ele. – Nós vamos sair daqui juntos.
Selene estava exausta e confusa. Já não suportava mais ficar naquele quarto escuro quando ela se levantou de repente e se dirigiu a Soul.
- Escute garoto. Você é o único aqui que se lembra de ter estrado no quarto. Pode, por favor, nos contar como viemos para aqui?
Soul se levantou do chão, exausto, e limpou a calça. Ele olhou para ela e começou:
- Tudo bem. Primeiro todos nós estávamos no restaurante. Não é? – Perguntou ele. Todos balançaram a cabeça e concordaram. – Eu fui ao banheiro, enquanto todos vocês assistiam a apresentação do cara do shamisen. Quando eu voltei do banheiro, todos no restaurante aplaudiam o banjoísta de pé, mas vocês, vocês estavam paralisados. Não se mexiam, apenas olhavam para ele como se ele fosse um monstro ou coisa parecida. E quando ele estava indo embora, vocês todos correram atrás dele. E eu fui atrás. Quando chegamos no jardim da casa, vocês pararam, e ficaram falando sobre um coelho de colete. Diziam para eu falar baixo para não assustá-lo. E então, entraram na casa e vieram direto pra esse quarto. E foi ai que ficamos presos.
Quando Soul terminou de contar a historia, todos ficaram calados e sombrios. Todos absorviam as palavras de Soul e nenhuma delas parecia fazer sentido. Quando todos pensaram que esse silêncio se prolongaria, Selene começou.
- E o que você viu Soul?
- Eu vi... Uma pessoa... – Disse ele. – Não vi um coelho...

Enquanto cavalgava pela floresta à noite, Tsuki Shinshi, o Cavalheiro da Lua, tomava seu caminho para O Portão, onde ele receberia os recém-chegados. A trilha era escura, e a única luz disponível era a da Lua. Estava tudo muito quieto e silencioso.
De repente, uma moita a sua frente começou a farfalhar. Seu magnífico cavalo preto se agitou e empinou, quase derrubando-o. Shinshi passou a mão no pescoço do animal para acalmá-lo. E então, entoou:
- Você demorou muito, Usagi.
- Perdoe-me, meu senhor. – Disse uma voz fina.
- Se eu fosse você eu não cometeria esse erro novamente. – Disse ele, descendo do cavalo com maestria. – Apareça.
Assim que deu sua ordem, a moita em sua frente farfalhou novamente e de lá, saiu um coelho branco, usando um colete. Ele se sacudiu, limpando o pelo branco de terra e folhas. E então, lentamente, ele começou a se metamorfosear. Seu corpo começou a aumentar de tamanho, seu pelo foi desaparecendo, dando lugar à pele clara e pálida. Em poucos segundos, um belo homem de cabelos negros e pele pálida se erguia diante do Cavalheiro da Lua. Ele ajeitou a gravata do colete e fez uma reverencia.
- Perdoe minha demora, senhor. – Pediu ele. – Tive alguns problemas no caminho.
- Tudo bem, meu coelhinho. – Respondeu ele, passando a mão no rosto do servo. – Agora... Que tal descrevê-los? – Ordenou Shinshi. Ele caminhou até um tronco de arvore caído e passou a mão nele. Imediatamente, o tronco brilhou com uma coloração vermelha e foi se movendo e modificando até adquirir a forma de uma bela cadeira de madeira, com estofamento vermelho.
O servo ajoelhou-se enquanto seu mestre se sentava na cadeira. Ele levantou-se e começou a falar.
- Eles são onze, meu senhor.
- Onze?! – Surpreendeu-se Shinshi.
- Sim, meu senhor. – Respondeu Usagi. – Vou começar com o mais velho. Ele se chama Kyouraku Shunsui. 23 anos. Carrega uma espada japonesa, mas creio que ela se despedaçou quando ele tentou abrir uma passagem na parede do Quarto.
- Hm... Então temos um espadachim entre os recém-chegados. – Disse Shinshi. – Continue.
- Temos uma família de quatro componentes, meu senhor. – Disse Usagi. – São quatro irmãos. O mais velho se chama Kya Sayuri. 19 anos. É adotado pelos pais dos outros irmãos. Ele trabalha em um restaurante, meu senhor. Pertence à Shunsui.
- Entendo... – Shinshi cruzou as pernas e os braços. – O irmão mais velho trabalhador que cuida dos irmãos mais novos. Quem são os outros irmãos?
- O segundo mais velho, meu senhor, chama-se Soul Silver. 16 anos. Ele não gosta do irmão mais velho adotivo e detesta a companhia de outras pessoas. As outras duas são irmãs gêmeas. A mais velha das duas chama-se Megurine Yoona, meu senhor. 15 anos. É esperta e ágil, mas ingênua. A mais nova chama-se Megurine Mizumi, meu senhor. 15 anos. É sombria e calma, não gosta muito de se aproximar dos outros.
- Cuide para que o segundo irmão mais velho não se irrite. – Disse Shinshi. – Seus poderes podem despertar violentamente.
- Claro, meu senhor. – Disse Usagi.
- Os outros? – Perguntou Shinshi.
- Sim, meu senhor. – Continuou Usagi. – Há dois deles que são namorados. Akira Sugawara. 18 anos. Ele tem uma irmã mais nova problemática e trabalha no mesmo restaurante que Kya Sayuri. Sua namorada chama-se Selene Walker. 18 anos. Ela fala inglês, japonês e francês e é órfã de mãe e pai.
- Esses dois não me interessam. – Disse Shinshi, ríspido.
- Queira me desculpar, meu senhor. – Usagi fez uma reverencia.
- Tudo bem, Usagi-chan. Continue. – Disse Shinshi, com um sorriso no rosto.
- Como desejar, meu senhor. – Disse Usagi, erguendo-se. – Há duas irmãs. Lolita Mitsugaia. 16 anos. Ela não gosta de estudar e prefere ouvir música. Sua irmã chama-se Hoshi Satsuei. 15 anos. As duas são namoradas, cometem incesto.
- Interessante... – Disse Shinshi. – Aposto que tê-las em meus aposentos será uma boa idéia.
- Claro, meu senhor. – Concordou Usagi. – Os dois restantes são amigos. Elliot McAllan. 16 anos. É escocês e cria games.
- O que é isso? – Perguntou Shinshi, incomodado.
- É um tipo de jogo, meu senhor. – Respondeu Usagi. – É uma coisa muito comum no mundo deles.
- Ah sim... – Disse Shinshi. – Continue.
- Sim, meu senhor. – Disse Usagi. – O ultimo chama-se Dean Cliverland. Ele é americano e é um perfeito idiota.
- Perfeito... – Disse Shinshi. – Quer acrescentar mais alguma coisa, Usagi-chan? – Perguntou Shinshi, levantando-se da cadeira.
- Sim meu senhor. – Respondeu Usagi, fazendo uma reverencia.
- Ah, tem é? – Perguntou Shinshi, caminhando até seu cavalo.
- Sim, meu senhor... – Respondeu Usagi, hesitante. – O garoto Silver... Ele não escutou a melodia do shamisen.
Shinshi parou no meio do caminho. Ele se virou para Usagi e o olhou por um momento. Depois de alguns instantes, num momento de fúria, Shinshi castigou Usagi com um tapa no rosto. Usagi desequilibrou-se e caiu no chão, mas imediatamente ajoelhou-se.
- Perdoe-me, meu senhor! Perdoe-me! – Suplicava ele.
Shinshi virou-se de costas para o servo. Depois de alguns segundos, começou a rir de uma forma sombria. Virou-se para o servo e ajoelhou-se em sua frente.
- Ah, meu coelhinho... – Começou ele. – Você não tem culpa de nada. – Shinshi segurou o queixo de Usagi e levantou sua cabeça, para o olhá-lo nos olhos. – Não tem problema. Se apenas um deles escapou do feitiço, creio que não estragara nossos planos.
Usagi tinha uma das bochechas vermelha e ofegava, não de cansaço, mas de medo. Medo do que seu senhor poderia ter feito com ele se não estivesse de bom - humor. Ele piscou uma vez e disse com uma voz baixa.
- Perdoe-me, meu senhor...
- Francamente... – Shinshi sorriu à luz da lua. Ele passou a mão pela bochecha do servo e acariciou-a. – Você é o servo mais leal que eu já tive.
Shinshi levantou-se e caminhou até seu cavalo. Ele subiu no belo corcel negro, que empinou assim que ele montou. O cavalo relinchou e Shinshi passou a mão em seu pescoço para acalmá-lo.
- Usagi. – Chamou ele.
- Sim, meu senhor. – Usagi levantou-se do chão e fez uma reverencia.
- Vá para o castelo e cuide dos preparativos para receber nossos convidados. – Ordenou ele. – E mande uma carruagem, já que eles são muitos.
- Como ordenar, meu senhor. – Disse Usagi.
Sem nenhuma palavra, Usagi transformou-se novamente em um coelho e desapareceu na escuridão. Shinshi observou seu servo desaparecer na noite e então sorriu. Ele puxou as rédeas de seu cavalo e trotou o caminho da trilha novamente.

Três horas haviam se passado. No completo escuro, sem água, sem comida, sem telefone, sem ajuda. E ainda por cima, estava frio. Sentados no chão, encolhidos, todos procuravam algo para se aquecer, esperando, rezando por ajuda.
Faltavam apenas alguns minutos para duas da madrugada. Kya abraçava Mizumi forte, tentando passar seu calor para ela. Yoona e Soul estavam, literalmente, agarrados um no outro. Elliot e Dean se encolhiam juntos perto de Mitsugaia e Hoshi, abraçadas.
Selene e Akira também estavam abraçados, mas Akira tremia, pois tinha emprestado sua jaqueta para Selene se aquecer. Shunsui estava sozinho, lutando contra o frio. Os estilhaços de sua espada jaziam com uma cor azulada em seu colo.
- Nunca vamos sair daqui... – Lamentou Shunsui. Cada vez que falava, era possível ver a respiração sair em forma de fumaça.
- Não perca as... Esperanças... – Disse Kya, tremendo.
E quando menos esperavam, a maçaneta começou a se mover. Ela girava pra lá e pra cá, e quem tentava abri-la insistiu. Em questões de segundos, todos se levantaram. Kya se aproximou da porta e começou a gritar.
- Socorro! Alguém nos ajude! – E bateu na porta com força.
Logo, todos estavam gritando por ajuda também.
- Socorro!
- Ajude-nos!
De repente, a porta se abriu com um solavanco que empurrou Kya para trás. Ele caiu no chão e tossiu. Imediatamente, Yoona e Mizumi ajudaram-no a se levantar, enquanto os outros saiam pela porta em direção à liberdade.
Quando Yoona, Mizumi e Kya saíram do quarto, se depararam com uma cena que não esperavam. Eles estavam em uma floresta, com árvores altas e cheias de folhas. Estava escuro e uma neve branca, fina e macia caia no chão. A porta de onde saíram era uma imensa abertura no tronco de uma árvore enorme, que tinha o topo escondido pelas nuvens. Era ladeada de dois lampiões e uma figura a cavalo estava parada diante de todos, um pouco mais à frente na trilha. Ela se adiantou e a luz da lua revelou sua face.
- Meu nome é Tsuki Shinshi, Cavalheiro da Lua. Sejam bem vindos ao reino de Castellani.


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Gomen pela demora, tive um pequeno bloqueia mental -Q
E pra quem se interessar tbm, eu fiz um blog pra postar os capitulos da fic :3'
Uma Aventura no Sub Mundo

*O* eu ameeeeei <3

anne sua fodastica *-*

tá mto massa , continue :3

Fodasticaa ?? *0* /gostei

Nyaa, obrigada por gostar A-chaan :3'
Seu perso aparece no capitulo 3 tudo bem ?? xD

EBAAAAAAAAAA *-------*

VOU APARECER *O*

Só nao demorar ç.ç kkk

Perfeito, adorei *-*

Agora sim a história começa! :D

Aguardando próximo capítulo...